Sondagem revela percepção diferenciada sobre o câncer de próstata nas diferentes classes

Homens e mulheres também possuem conceitos desiguais sobre os exames de rastreamento

 

Sondagem online realizada pela HSR Health, empresa da holding HSR Specialist Researchers, em parceria com o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, mostra que a situação econômica interfere no conhecimento sobre o câncer de próstata e o apoio ao paciente com a doença. A pesquisa ouviu 553 pessoas entre os dias 11 e 18 de novembro, em todas as regiões do País.

Os resultados revelam que quanto menor a classe econômica, maior o percentual de desconhecimento sobre o câncer de próstata. Entre os participantes das classes A e B, 100% já ouviram falar na doença, enquanto esses índices chegam a 4% na classe D e 5,4% na E.

A situação econômica também define a reação dos entrevistados sobre a relação com o paciente que recebe o diagnóstico e o apoio prestado. Nas classes D e E, o suporte fica em 32% e 37% respectivamente, enquanto nas classes B e A varia de 46% a 63%.

Entre os entrevistados, 57% acreditam que tanto o paciente com câncer de próstata quanto o com o tumor de mama recebem apoio da família e amigos. No entanto, 37% responderam que a paciente com câncer de mama tem maior suporte, contra apenas 6% para o câncer de próstata.

A maior parte das percepções de barreiras para um apoio parte do sexo oposto, principalmente relacionadas à vergonha, ao local do câncer e ao exame do toque. Já os homens evidenciam a vergonha e fragilidade para evitar expor a doença.

Mulheres lidam com exame de toque de forma mais prática, enquanto homens não se sentem complemente à vontade. Para 65% das entrevistadas, o exame que ajuda a levantar a suspeita do tumor de próstata deve ser encarado como qualquer outro. Já entre os homens, 9% sustentam que o procedimento fere a masculinidade. Metade da população entrevistada sabe que o câncer de próstata, em alguns casos, pode levar o paciente a castração química ou cirúrgica.

Para Bruno Mattos, sócio-diretor da HSR Helath e responsável pelo estudo, a pesquisa fez entender como a população brasileira se relaciona com o tema câncer de próstata. “Mas, mais importante que entender, é perceber que falta a comunicação chegar na população mais carente. Diferentemente do câncer de mama, que é amplamente falado, o de próstata ainda está carregado de preconceito. Homens com câncer de próstata necessitam do mesmo tipo de acolhimento dado a mulheres com câncer de mama. É um papel de familiares e amigos ter essa consciência e fazer a diferença no tratamento daquele paciente”, afirma.

“Estamos em pleno Novembro Azul, mês em que a saúde do homem está em evidência. Mas entendo que falar sobre o câncer de próstata é um trabalho para o ano todo. Precisamos quebrar algumas barreiras, inclusive culturais, e desmistificar os exames preventivos. O diagnóstico precoce desta doença é essencial para a qualidade de vida do paciente e para os melhores resultados no tratamento e isso precisa estar claro para a toda a população”, declara Merula Steagall, idealizadora do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer.

 

Sobre a HSR Health

Instituto especialista em pesquisa de mercado nos ramos farmacêutico, hospitalar, saúde pública e suplementar. Pertence ao maior grupo independente de pesquisas de mercado da América Latina, a HSR Specialist Researchers.

 

Todos Juntos Contra o Câncer

O Movimento Todos Juntos Contra o Câncer foi idealizado pela Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), em parceria com mais de 200 entidades de apoio ao paciente. Tem a missão de influenciar as políticas na área de Oncologia e acelerar a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o acesso ao tratamento e cuidados paliativos às pessoas com câncer no Brasil. http://todosjuntoscontraocancer.com.br.

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