Pesquisa mostra que mulheres ainda desconhecem quais hábitos contribuem para maior risco de câncer de mama

Sondagem revela, ainda, que brasileiras acham que  a prevenção deveria ser um tema mais divulgado

A pesquisa Outubro Rosa e Novembro Azul – A Visão de Homens e Mulheres sobre a Prevenção e Tratamento, realizada em parceria pela HSR Health e pelo Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, mostrou que as mulheres querem saber mais sobre os fatores de risco e a prevenção do câncer de mama. O levantamento ouviu 500 pessoas, de 18 a 65 anos, de todas as classes sociais.

O recorte sobre câncer de mama mostrou que nove em cada dez brasileiras relacionam a doença ao histórico familiar. “A hereditariedade é um fator importante para o câncer de mama e, quando presente, aumenta significativamente o risco do diagnóstico”, esclarece o oncologista Felipe Ades, médico do Hospital Osvaldo Cruz, colaborador do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer. “No entanto, este fator está presente em uma pequena parcela da população. Por isso, hoje sabemos que o mais importante é a mudança de hábitos pouco saudáveis para a prevenção do câncer de mama”, afirma o médico. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama de caráter hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos.

O resultado da enquete também revelou que cinco em cada dez mulheres dizem que o cigarro é fator de risco para câncer de mama. Apesar de todos os males já comprovados do tabagismo sobre a saúde, atualmente o fumo é considerado um fator de risco com limitada evidência quando o tema é câncer de mama. A obesidade, o sedentarismo e o consumo de bebida alcoólica têm peso muito maior nessa balança, segundo cientistas.

As próprias entrevistadas entendem a necessidade de conhecer mais sobre como se proteger. Segundo a sondagem, 81% das brasileiras citam a prevenção do câncer de mama como um tema a ser mais divulgado. Além disso, pacientes jovens apresentam maior interesse em informações sobre diagnóstico e tratamento do câncer de mama, além da prevenção. “Podemos observar isso entre o público que está na internet, este público mais jovem, que já busca informação sobre saúde e bem-estar, e agora quer ir além e ter detalhes sobre uma doença bastante incidente entre as mulheres”, afirma o oncologista.

A pesquisa revelou, também, que 67% da população feminina buscaria informações de tipos de tratamentos num possível diagnóstico de câncer de mama. Mulheres acima de 55 anos de idade possuem maior interesse sobre cura da doença, na comparação com aquelas de menor idade.

 

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